Eu sentada na porta da varanda, tomando um chimarrão bem quente me deixo levar pelo som do pássaro que canta feliz em minha cantoneira.
Vejo as pessoas nas ruas, como já é de se esperar, em plena segunda-feira, correndo para lá e para cá, nessa pequena metrópole. Vejo as cores em que as pessoas se mexem, algumas brancas, algumas pretas, outras até ficam vermelhas, depende do modo em que ela se movimenta.
Sinto o aroma da torrada e deixo para trás o que me aflige, sento em minha poltrona aconchegante e ouço a chuva cair. Refresco minha memória com aquela água fria que vejo bater na janela de vidro e vejo a porta ainda aberta. Aquele frio que me cerca pela sala, me mostra que se tornou permanente, e eu ainda vivo na penumbra de meus sonhos, fitando em seus olhos minha face descontente. Alegro-me em ainda poder sentir o perfume, e me perco neste instante. Acordo ao som do despertador, e vejo que isso não faz mais diferença, vou para meu quarto e me deito em minha cama, pego meu crucifíxo pendido na cabeceira, olho para o quadro e vejo sua foto. O que tenho mais a fazer aqui? O que posso esperar mais além do tempo passar? Eu quero dormir e não acordar, dormir e ver você sorrir, você me abraçar, pois só assim é que eu vou ser feliz, só assim vou sentir você de novo perto de mim. Obrigada por permanecer em meus sonhos e se fazer real assim mesmo...obrigada...
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